Processos de sequestro social

Oficialmente sequestrados estão os presos. Inconsciente e voluntariamente sequestrados estamos nós. Tal como aconteceu no tempo da libertação da Inquisição ou da escravatura, quem está preparado para perguntar: o que fazer quando a liberdade for possível? Nesta página listar-se-ão algumas formas de nos sequestrarmos.

A abolição das práticas de sequestro significa a reorganização das nossas práticas sociais de discriminação entre os privilegiados que beneficiam de facto ou imaginariamente dos sequestros e os alvos dos sequestros, que se sacrificam pela sociedade.

A crise do COVID-19 foi um processo de sequestro social. Também foi um processo de transformação social. Em paralelo ao recolher obrigatório para reduzir o impacto da pandemia, agravou-se a falência do sistema financeiro global, ligado à máquina há mais de uma década. Vieram as suas consequências nos serviços de saúde, de educação e outros.

1. O estado de emergência não é a suspensão da política: é a agudização da política. Pode ser a antecâmara da agudização do aumento da dominação racista e totalitária já em curso (“Estado de emergência“)

2. Há um espaço de fragilização da política mundial, que poderá continuar-se totalitária solidária ou poderá fazer emergir a solidariedade livre (“Quando a esmola é muita, o pobre desconfia…“)

3. A substituição do discurso económico pelo discurso clínico, na condução da política global, deve ser ponderada e aproveitada, naquilo que pode melhorar a política democrática, no futuro (“Solidariedade nos cuidados “)

4. A que propósito vem a retórica de guerra: é a sério ou é apenas uma metáfora? Ou é uma metáfora séria? Já se preparavam as guerras da Ucrânia e contra a Palestina que se sucederam? (“Porque é que os estados-nação se veem em guerra contra um vírus e proíbem qualquer vida normal“? Michael Kuhn)

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